No início do século 20, há 100 anos, portanto, toda informação jornalística era transmitida pela mídia impressa. O rádio estava nascendo, exatamente em 1922, e a TV era um sonho que se realizaria somente 30 anos depois. Outros meios, como as mídias digitais, eram assunto para a ficção científica.
Por isso, o jornal impresso fazia o papel de protagonista na veiculação dos fatos e era, por consequência, o principal canal de divulgação publicitária. Mas é importante lembrar que os jornais da época não tinham cores e empregavam poucas imagens no seu conteúdo.
Então, como se fazia a impressão dos jornais diários naqueles tempos? Que tecnologias eram usadas? Como eram os parques gráficos?
Até o fim do século 19, a impressão era feita por tipografia e litografia. O seu empecilho, na reprodução de grandes quantidades, era a lentidão do processo, principalmente na troca do papel durante a impressão.
Segundo o jornalista e escritor Matías M. Molina, a introdução, no fim do século 19, da impressora rotativa permitiu aumentar a velocidade de impressão e também deu um incremento na tiragem dos jornais, com custos muito inferiores.
Entenda os conceitos de cada técnica:
. Litografia: impressão em pedra (em grego: litos). Era muito usada no século XIX para impressão de documentos, rótulos, cartazes, mapas, jornais e obras artísticas. A técnica se baseia na incompatibilidade entre água e óleo e utiliza uma matriz e um lápis “gorduroso” (o desenho é feito por meio do acúmulo de gordura sobre a matriz).
. Tipografia: impressão dos tipos / fontes / letras em moldes de ferro para imprimir as palavras. Com o processo, era natural que o papel acabasse com uma textura, ou um relevo baixo, em função da batida da impressão.
. Rotativa: imprime pressionando o papel cilindro contra cilindro. As máquinas rotativas começaram a ser introduzidas lentamente no Brasil, no começo do século 20, sendo o Jornal do Commercio o primeiro diário brasileiro a importar uma.
. Rotoplana: desenvolvido no século 19, era um equipamento intermediário entre a impressora plana comum e a rotativa. Imprimia o jornal, primeiro de um lado e depois do outro. Como seu custo era relativamente baixo, a rotoplana foi usada por muito tempo na impressão de jornais de pequena circulação.
Rotativa
Rotoplana
Offset
Na segunda metade do século 20, as rotativas tipográficas passaram a ser substituídas por impressoras offset, que utilizam o processo litográfico de impressão indireta, o que melhora a qualidade e a reprodução da cor.
O offset ficou consagrado como o formato responsável por imprimir grandes quantidades em menos tempo. É um processo ainda utilizado – com as devidas atualizações tecnológicas – e permite passar o papel pela máquina sem interferência manual, exceto nos ajustes da quantidade de tinta.
Quer saber como é a tecnologia atual de impressão de grandes quantidades e com a mais avançada qualidade final? Então, venha visitar a Rona Editora!