A dúvida mais comum de quem quer publicar um livro passa pelos registros. Quais são eles e onde devo buscá-los? Entenda agora e faça o procedimento correto!
Você já conhece as siglas ISBN, ISSN e DOI? Esse trio de letras foi criado para facilitar a identificação de livros, revistas e documentos periódicos. A função é simples: gerar autenticidade para a publicação e facilitar o reconhecimento em qualquer lugar do mundo.
Agora, devemos entender o significado de cada sigla, como utilizá-las e qual o processo de aquisição.
ISBN – International Standard Book Number
Se pretende escrever um livro, é imprescindível que você conheça bem essa sigla. O ISBN, International Standard Book Number – padrão Internacional de Numeração de Livro – é como se fosse o “RG” de publicações de livros, artigos e apostilas, por exemplo. Nesse código, composto por 13 números, é possível identificar informações como: autor, título, país, editora e edição da obra.
Realizado o registro, esta ordem de números só se aplica a uma obra e edição. Para nova tiragem do livro, um novo ISBN deve ser solicitado. Por essa sequência numérica, é possível gerar um código de barras da obra, que é lido por redes de lojas, bibliotecas e sistemas gerais de catalogação. Isso permite eliminar barreiras linguísticas e facilita sua circulação e comercialização globalmente.
O sistema ISBN é controlado pela Agência Internacional do ISBN, sediada em Berlim, na Alemanha. Ele orienta, coordena e delega poderes às agências nacionais designadas em mais de 200 países, permitindo o compartilhamento de metadados das obras em diferentes sistemas.
No Brasil, o órgão regulamentador do ISBN é a Câmara Brasileira do Livro. Por meio do site da CBL são realizados o cadastro e a solicitação do código. É um processo acessível e democrático, em que qualquer autor ou editora pode registrar sua publicação preenchendo um formulário com os dados da obra e fazendo o pagamento de uma taxa.
Site para solicitação: https://servicos.cbl.org.br/isbn/
Esse padrão representou um marco no mercado editorial. Ele tornou possível singularizar e catalogar as informações particulares e específicas de cada uma das diversas publicações produzidas ao redor do mundo.
ISSN – International Standard Serial Number
O ISSN, Número Internacional Normalizado para publicações seriadas, é um código de 8 dígitos utilizado para registros de periódicos. Ele individualiza o título de uma divulgação em série como jornais, revistas e trabalhos científicos.
Todo material que recebe uma ordenação ISSN tem uma frequência de publicação, seja ela diária, semanal, semestral ou anual. Cada código gerado é específico àquela única publicação do documento.
Caso a divulgação seja editada em outros idiomas, cada língua deverá ter seu próprio ISSN. Quando uma publicação de mesmo título é editada em diversos suportes (físicos e eletrônicos), cada uma deverá receber um número de ISSN exclusivo – um novo ISSN.
O ISSN é atribuído por centros nacionais e regionais da rede mundial do ISSN. O sistema de coordenação Internacional (ISSN International Centre – ICISSN, Paris), assegura que cada ISSN é específico para uma publicação. Aqui no País, o ISSN é atribuído pelo Centro Brasileiro do ISSN (CBISSN). Ele é designado sob a responsabilidade do Instituto Brasileiro de Ciência e Tecnologia – IBICT, que é membro da rede e representante brasileiro junto ao Centro Internacional. A instituição regulariza e atribui o código de ISSN. É um registro também acessível, mas tem a obrigatoriedade de ser feito por uma pessoa jurídica, cuja atividade primária ou secundária deve permitir a produção de livros.
Site para solicitação: http://cbissn.ibict.br/
Não existe vínculo ou garantia de direito autoral ligado ao ato de atribuição do código ISSN ou em seu uso associado à publicação que ele representa.
DOI – Digital Object Identifier
Diante da evolução tecnológica, os documentos digitais não poderiam ficar de fora. Com o aumento da convergência digital e a crescente disponibilidade de multimídias, três associações comerciais na indústria editorial tiveram a iniciativa de criar o DOI, Digital Object Identifier (Identificador de Objeto Digital). Ele é um registro padrão para reconhecimento de documentos em redes digitais como revistas, livros, imagens, músicas e outros tipos de conteúdo.
Composto por números e letras, o DOI é atribuído a um objeto digital para que este seja nomeado de forma única e persistente em ambiente web. Quando o material é catalogado, ele passa a ter um link digital permanente. Esse link é divulgado identificando o seu registro.
No caso do DOI não existe só um órgão regulamentador. Foram desenvolvidas várias agências de registro com suas particularidades sobre o processo. A principal delas é a CroosReef, elaborada pela IDF (International DOI Foundation), a própria criadora do DOI e a principal agente de atribuições do código no mundo.
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