AS ETAPAS DO PROJETO DE EMBALAGEM DE PRODUTO

Um projeto de embalagem passa por várias fases de desenvolvimento e abrange diferentes profissionais.
Para que tenha sucesso, é essencial que todos os elos da cadeia produtiva estejam envolvidos no propósito. O conhecimento de cada um é relevante, bem como o compartilhamento de informações e a atribuição de responsabilidades. Assim, o resultado será uma embalagem adequada ao produto a que se destina e ao seu respectivo método de fabricação. Além disso, é importante considerar também as características que agregam valor ao produto, à marca e que estejam de acordo com as normas técnicas referentes àquele tipo de acondicionamento.

A embalagem de um produto é cerca de 75% da estratégia de comercialização no que tange às ações relacionadas aos 4 ’Ps’ do Marketing.
Antes de evoluirmos, destacaremos esses conceitos e a relação que estabelecem com a embalagem de um produto:

  • Produto – ao falarmos nele, nos referimos a tudo que o compõe: armazenagem, utilidade, como se encontra no Ponto de Venda (PDV), suas restrições, informações que deve apresentar, características e demais aspectos que o cercam.
  • Preço – refere-se ao processo de construção do valor do produto. A embalagem faz parte desse cálculo. Seu custo deve impactar o mínimo possível no valor final e colaborar para que o produto seja mais competitivo.
  • Praça – onde encontrar o produto? Em que mercado? Como a embalagem contribuirá para a jornada do cliente e decisão de compra, dentro do modelo de negócio proposto?
  • Promoção – aqui temos boa parte do assunto relacionado ao processo de anúncio e divulgação do produto. Mas é importante lembrar que: no PDV (Ponto de Venda), esse papel fica por conta de sua embalagem.


Quem participa de um projeto de embalagem?

Os envolvidos geralmente são estabelecidos conforme as etapas do processo. Em alguns modelos de negócio, parte dos responsáveis é composta de parceiros ou fornecedores. Eles buscam soluções viáveis e compatíveis com a realidade de produção e investimento da empresa que fabrica o produto. Nesse contexto, o fornecedor será importante parceiro no desdobramento do projeto, sendo corresponsável pelas inovações e soluções para as demandas técnicas (conforme o tipo de produto) e produtivas (processo de execução desse atendimento).
De forma geral, participam representantes da empresa envolvidos na criação e fabricação do produto (idealizadores e corpo técnico, manufatura e/ou qualidade), profissionais que detém as diretrizes de uso da marca (agência de design ou setor de marketing da própria empresa) e os distribuidores de embalagens e insumos.

Vamos às etapas necessárias para o desenvolvimento de um projeto de embalagem?


1. O Briefing

O projeto de desenvolvimento de uma embalagem parte de um briefing: coleta inicial de dados que irá nortear todo o processo.

Nesta etapa, são levantados:

  • Os objetivos do projeto – a que se destina tal embalagem e quais suas funções;
  • As restrições e considerações técnicas – normas, materiais e outros requisitos ligados à conformidade da embalagem para seu uso diante da finalidade proposta;
  • Os aspectos relacionados à inovação – como a embalagem pode se destacar de seus concorrentes, como unir design e experiência do cliente com o produto, entre outros.

No briefing, as informações e principais objetivos são conhecidas. Consideram-se ainda pontos relacionados à sustentabilidade do projeto: redução do impacto ambiental (função estratégica do posicionamento da marca e papel social da embalagem), uso de insumos alternativos e renováveis (tocantes à inovação ou conceito defensável do projeto), utilização da simbologia de identificação de descarte seletivo e refilagem (elementos de layout considerados).


É preciso destacar os objetivos. Por meio deles, comtemplam-se questões técnicas, criativas, logísticas, geográficas, legais e limitadoras do orçamento, que vão sinalizar os riscos envolvidos.
Por último, e não menos importante, é preciso conhecer a fundo os usuários do produto, entender suas necessidades e expectativas, não só quanto ao artefato, mas com relação à embalagem: o que valorizam, aspectos culturais locais, hábitos e desejos desses consumidores.

2. As especificações de uma embalagem

Seguindo as etapas para a construção da embalagem do seu produto, chegamos a uma crucial que diz muito da viabilidade do plano: o entendimento sobre os materiais utilizados nos elos da cadeia. Por meio desse conhecimento, a precisão do projeto pode estar garantida.
E não basta conhecer os materiais sem considerar seu processo logístico, de fabricação e controle junto aos fornecedores. Neste sentido, vale implementar procedimentos de pré-especificação e aprovação para garantia dos itens mencionados.


Ainda falando de fornecimento, não podemos nos esquecer da etapa visual do projeto ou a arte-final. Ela implica no desenvolvimento e adequação do conteúdo obrigatório e promocional que a embalagem deve conter. Além disso, são essenciais o conhecimento e a definição da forma de impressão com antecedência, incluindo a tecnologia para seu desenvolvimento, número de cores (escala pantone ou outras descrições) e capacidade dos métodos.


3. O Cronograma

O tempo é um fator crítico em um processo como esse. Ele implica em diversas decisões e caminhos que o projeto pode assumir. Por isso, é preciso mensurar e entender no planejamento os prazos para cada atividade que compõe o objetivo e inseri-los em seu desenvolvimento. O tempo necessário de cada estágio do processo deve ser compartilhado e validado com todos os envolvidos. Um bom cronograma inclui a elaboração de protótipos, testes de validação/aprovação das etapas, pesquisas envolvendo o consumidor, consentimentos internos necessários para evolução de cada período, aprovações regulatórias (se necessárias), produção da embalagem em si, do produto final e sua distribuição.

4. Etapas de Validação

Entre os determinantes essenciais para o sucesso do projeto estão os estágios de validação ou identificação dos pontos críticos, tanto no processo de execução e uso da embalagem, quanto do produto. Para tanto, considera-se a capacidade produtiva dos fornecedores, testes de liberação de cada elemento da fabricação da embalagem – moldes, facas e cilindros de gravação –, experiências com protótipos, procedimentos para identificar o formato ideal de elaboração, prova de cores e outros pontos necessários para a qualidade e conformidade de sua embalagem. Ainda podemos considerar a verificação da compatibilidade da embalagem com o produto e com a linha de produção, seu dimensionamento, armazenamento, transporte, exposição no PDV, uso pelo consumidor, descarte final e destinação adequada (logística reversa se o caso, coleta seletiva, entre outros).

Outras sanções importantes são os testes mais críticos, que indicam sua necessidade para conformidade do fornecimento do produto. Eles são baseados em referências como ABNT, ISO e outras normas de qualidade e segurança necessárias. Muitas empresas utilizam diretrizes técnicas como parâmetro de qualificação dos fornecedores. Em caso de uso de distribuição de embalagens, este pode ser um caminho de avaliação e competência do seu fornecedor. Por isso, vale verificar e realizar os testes determinados pela legislação específica vigente no local, consultando órgãos como Anvisa, Inmetro, ou ainda, o Ministério da Agricultura.

5. A Legislação

Seu projeto de empacotamento, obrigatoriamente, deve atender às exigências legais, de modo a garantir que a rotulagem da embalagem esteja de acordo com as condições estabelecidas para sua comercialização. São demandados os tamanhos mínimos da letra/fonte e do código de barras, segundo imposições técnicas de impressão para leitura dos elementos gráficos. Por isso é fundamental também conhecer os trâmites necessários para aprovação junto aos órgãos regulatórios responsáveis. Este estudo imprescindível deve ocorrer antes do desdobramento da proposta de embalagem, exatamente para que as informações referentes às exigências entrem como pré-requisito para o desenvolvimento do seu projeto de embalagem.

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